segunda-feira, julho 18, 2011

                               
   Ela me mostrou uma foto de um grupo de meninas sorrindo e me perguntou se isso era o amor e eu respondi que não que isso era amizade e então ela me mostrou a foto de um casal, e me pergunto se aquilo era o amor, eu peguei a foto e rasguei-a no meio e a respondi isso é o amor. Ela me olhou confusa como quem se perde no meio do caminho. Eu peguei os pedaços da foto, primeiro a do garoto, e mostrei pra ela, e disse: Olha pra esse menino, ele é apenas um entre outros, um menino incrível, tem amigos e uma família que o ama, e tem também aquela menina ali que o ama, mas preste atenção, olhe os olhos brilhantes e o sorriso dele, é bonito, e tem sentimento, mas não é pela menina ao lado dele, é pra menina na frente, aquela que não saiu na foto, ela estava atrás também, atrás de quem tirava a foto, mas estava dentro do coração dele, e a outra menina ela estava do lado, onde era o seu lugar do lado esquerdo do peito, onde se guardam os amigos. E então peguei a foto da mulher, ela era apenas uma menina, uma menina incrível que tem amigos e uma família que a ama, e tem também aquele menino do seu lado que a ama, ama como amiga e nada mais do que isso, mas preste atenção olhe os olhos brilhantes e o sorriso dela, é bonita, e tem sentimento, pelo menino ao lado dela, aquele que eu tive de cortar, porque é o que ela tem de fazer agora, ele tem que sair da foto, e principalmente ele tem que sair de dentro, de dentro do coração dela, para que um dia ela encontre um menino incrível, assim como ele, que olhe com os olhos brilhantes e o sorriso estonteante pra ela, e ela signifique toda a existência dele. Do mesmo jeito em que eu a tirei da foto para que ele vá atrás da menina da frente, aquela que significa toda a existência dele, mesmo estando ocupada demais, de costas pra ele para ver isso.

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